Não é segredo para ninguém que a pandemia causada pelo novo Coronavírus tem atingido seriamente a milhares de brasileiros, pessoas morrem todos os dias, famílias são devastadas e um semblante de tristeza e desilusão está estampado no rosto de quem está trancado em sua residência a meses e sem perspectiva de quando poderá sair livremente sem ter que se preocupar.
Junto com essas mortes de pessoas queridas, podemos dizer que em número igual ou maior, são os números de empresas e negócios que fecham todos os dias, junto a isso temos um efeito cascata enorme, onde já é possível visualizar em estatísticas oficiais milhares de desempregados que hoje se tornaram dependentes de um auxílio governamental num valor de R$ 600,00.
Observando este cenário, é totalmente compreensível que gestores estejam focando seus esforços em salvaguardar, na medida do possível, a saúde financeira das empresas, tentando cortar gastos de qualquer forma. As medidas são realmente necessárias e urgentes, sem dúvida alguma. Mas vale, sempre, considerar a comunicação da empresa e seu patrimônio físico, mas principalmente o intelectual, no rol das prioridades estratégicas no enfrentamento da crise.
Muito embora equilibrar as contas permaneça como uma prioridade de gestão para o empresariado durante o período que a crise perdurar, é extremamente necessário não perder de vista as ações que possam consolidar a sua marca no mercado, evitar o ostracismo comercial e mesmo, eventualmente, alavancar a demanda por produtos e serviços que empresa possa oferecer aos consumidores.
É importante destacar que: NÃO SE PODE NA PANDEMIA SIMPLESMENTE SUMIR. Marcas que se tornarem esquecidas durante a crise terão menos chances de retomarem seus lugares junto a preferência do consumidor quando tudo voltar a normalidade. Um estudo recente da Kantar Brasil Insights aponta que as marcas que investem mais durante as crises crescem até 5 vezes mais do que as outras.
Diante dos graves acontecimento, mais do que nunca, se torna relevante a importância estratégica de uma comunicação que ajude a tornar sua empresa presente e perene, que evidencia o modo correto os valores, a missão e o posicionamento de marcas e corporações junto a seus públicos de interesse.
Provavelmente, a melhor forma de lidar com as crises seja um misto de realidade com otimismo. Quando a crise é inevitável ou já está instalada (senso de realidade), vale a pena pensar em forma de potencializar as suas oportunidades que dela surgiram (senso de otimismo). Nas palavras do grande Albert Einstein: “A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias”.
Apesar de não concordar muito com Albert Einstein no trecho em que fala que a crise é uma benção, pois pelo menos a que vivemos hoje (Covid-19) temos visto muitas pessoas sofrerem, é inegável que a crise modifica a cabeça do seu humano e consequentemente das empresas e dos negócios. Talvez o que antes da pandemia fosse bom, durante e principalmente no pós pandemia já seja algo ultrapassado e obsoleto.
O conceito de inovação, no sentido amplo, pode ser entendido como “algo novo” para uma organização e, de maneira geral, também para as pessoas por ela impactadas. Isso significa que inovação implica em mudança. No sentido inverto, uma mudança significativa no ambiente externo pode gerar a necessidade de inovação.
Em geral, pode-se dizer as pessoas (e também as organizações) mudam por necessidade. Segundo Sigmund Freud, “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”. Em outras palavras, as pessoas e as organizações mudam quando suas percepções dos benefícios para mudar compensam os esforços e riscos associados à mudança. No caso da pandemia, o benefício pode ser incomensurável. A depender, obviamente, do contexto organizacional, a pandemia pode trazer importantes consequências aos seus negócios, ou até mesmo colocar em risco a sobrevivência da sua empresa.
As mudanças impostas ou adaptativas decorrentes da pandemia têm proporcionado diversas novidades, dentre outras: novos hábitos sociais, impactos econômicos e sociais devidos à restrição de atividades consideradas não essenciais, novas formas de trabalho e novas regulamentações. Provavelmente muitos empresários dirão daqui alguns meses ou anos (ainda não sabemos quando tudo isso vai acabar): “ANTES E DEPOIS DA COVID-19”.
E você, o que tem feito durante este período de pandemia? Será que sua empresa é apenas mais uma que vai afundar e sofrer para sair da crise atual, ou você será aquele que irá inovar e revolucionar o seu mercado, trazer novas tendências ou até mesmo recriar coisas que estavam em desuso a muitos anos?
É importante que nós empresários estejamos sempre alertas e tenhamos a nossa cabeça completamente aberta para mudar e sermos ousados em nossos negócios. Temos que fazer aquilo que o nosso concorrente nem sonha em colocar em prática, mas que o nosso cliente certamente irá abraçar e querer para si. Não apenas sobreviva na crise, mas faça dela o marco mais importante da sua empresa.
E claro, depois de criar, inovar e revolucionar o seu negócio, não se esqueça de se proteger, registrando a sua PROPRIEDADE INTELECTUAL (sua criação), afinal, do que adianta você ter uma ideia incrível, mas ela ser usada por todos, inclusive pelo seu concorrente?
Sairemos dessa juntos e, com certeza mais fortes do que entramos.